terça-feira, 4 de agosto de 2009

DIA DOS PAIS

DEPARTAMENTO DE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL

 Tema: Dia dos Pais História adaptada para teatro.

 Fonte: O Imortal / 98

PESSOAS ESPECIAIS

NARRADOR: Em certa região bem distante, morava um homem muito pobrezinho. Um dia, andando pela mata à procura de lenha para vender, encontrou uma cesta e dentro dela viu uma criança. Ouviu o choro fraco do recém-nascido que estava cuidadosamente embrulhado numa manta e, cheio de compaixão, pegou o pequenino aconchegando-o ao peito.

JOÃO: Um bebê! Vou levá-lo para casa. Mas, somos muito pobres, como prover-lhe as necessidades? Poucas vezes temos o que comer! Quem sabe alguém com mais recursos que passasse por aqui, poderia ficar com ele e dar-lhe uma vida melhor?

NARRADOR: Contudo, ouvindo o choro da criança que o fitava com olhinhos vivos, falou alto:

 JOÃO: Não posso abandoná-la aqui exposta aos perigos. Deus vai me ajudar! Além disso, sempre quis ter um filho. Melhor dividir com esta criança a minha pobreza do que deixá-la entregue a destino incerto.

NARRADOR: Como que entendendo a decisão daquele homem, o recém-nascido se aquietou e dormiu tranqüilo. Chegando em casa, o homem abriu a porta e disse: JOÃO: Mulher, veja o que eu trouxe! ANA: (aproximando-se do marido e abrindo o embrulho) O filho que sempre quisemos ter! Deus ouviu as nossas preces! ( pega o bebê no colo e vai para outro lado da cena, ninando a criança).

Mas, João! Como vamos cuidar do bebê? Não temos comida nem para nós! E uma criança precisa de cuidados especiais! JOÃO: Não se aflija, Ana. Se o Senhor nos mandou este bebê, certamente nos dará os meios para sustentá-lo. Vamos chamar-lhe Benvindo.

NARRADOR: Aquela casa nunca mais foi a mesma. Antes triste, agora tornou-se alegre e cheia de risos! João buscava agora outras fontes de renda. Um sitiante vizinho, sabendo da criança, vendeu-lhe uma cabra por um pequeno preço que João poderia pagar como pudesse. Assim estava garantido o leite do bebê. João, na soleira da porta de casa, olhava o terreno que se estendia à sua frente e pensou que poderia cultivá-lo. Assim, teriam verduras, legumes e frutas.O homem que lhe vendera a cabra arrumou-lhe também sementes e mudas diversas, satisfeito por vê-lo interessado no trabalho. Logo, tudo estava diferente. À medida que Benvindo crescia, forte e saudável, as plantas igualmente se desenvolviam na terra fértil. Como a produção era grande, além de terem alimento, João passou a vender as frutas, os legumes e as verduras excendentes. Ana também, passou a cuidar com mais carinho da moradia, a exemplo do marido, plantando um jardim e cultivando flores que enfeitavam e perfumavam o ambiente. Benvindo era um menino vivo e inteligente. Ainda pequeno João contou a ele como o encontrara abandonado na estrada e da satisfação de trazê-lo para casa. JOÃO: Você é nosso filho querido. Foi Deus quem o mandou para nós. Quando o encontramos tivemos receio de não podermos dar a você as melhores oportunidades da vida por sermos analfabetos.

NARRADORA: Mas, João e Ana souberam dar ao menino noções realmente importantes para sua vida, como o amor a Deus e ao Evangelho de Jesus. E ele cresceu sabendo valorizar a honestidade, o trabalho, a verdade, o respeito ao próximo, o perdão das ofensas e acima de tudo, o bem. Já moço, Benvindo foi morar numa cidade grande para continuar os estudos. Terminando o curso, com grande satisfação dos pais ele voltou para casa e disse emocionado: BENVINDO: Papai, não sei como agradecer tudo o que fizeram por mim. Criança abandonada, poderia ter morrido de fome e de frio, mas graças a sua bondade, vim para esta casa como filho que tanto tem recebido de ambos. Tudo o que sou hoje devo a vocês. Muito obrigado! ( Pai e filho se abraçam. Comovido, João pega o filho pela mão e leva-o para fora de casa. Olham próximo deles, o jardim florido e perfumado; do lado esquerdo, as árvores do pomar, carregadas de frutos. Do lado direito a horta, onde as verduras e legumes produziam fartamente. JOÃO: Está vendo tudo isso, meu filho? BENVINDO: Sim, meu pai. É uma imagem que não me canso de admirar. Como é bonita nossa propriedade! JOÃO: Pois bem. Nada disso existia antes de você vir para cá. Eu e sua mãe, envelhecidos e cansados da vida, não tínhamos disposição para lutar. Passávamos até fome. ( faz uma pausa, limpa uma lágrima e prossegue) Quando você chegou, meu filho, encheu-nos de esperança e de novo ânimo. Precisávamos alimentá-lo, vesti-lo, cuidá-lo. Para isso, tive que trabalhar muito. Mas, o resultado aí está. (abraça o filho com imenso carinho e justo orgulho aponta as terras cultivadas). Assim, devemos tudo isso a você! E devo mais ainda. Devo a você meu filho, a oportunidade e a bênção de ser chamado de PAI! ( mãe se aproxima enxugando as lágrimas e abraçam-se por longo tempo).   

 Beatriz de Almeida Rezende Agosto / 2004

4 comentários:

  1. Muitooo linndooo!!! Meus parabéns a autora, e a dona do blog por ter nos presentiado com tão emocionante texto! :) Com certeza vou ler pra minhas crianças neste dia dos pais!!! :)

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  2. Meus pais também me adotaram já com idade, me cuidaram com todo amor e carinho, tenho por eles o maior amor e admiração do mundo. Hoje eles estão do outro lado, mas quando veem me ver, sinto uma paz enorme, sei que estão muito bem. Hoje vou contar essa historinha pros meus pequenos no Centro, e vai ser mais fácil pq não deixa de ser a minha história. Abraços, Cássia.

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  3. Adorei! Dá para trabalhar os temas Amor ao próximo, Caridade e Lei de Causa e Efeito.
    Obrigada e Parabéns

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