OBJETIVOS:
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- Reconhecer a inteligência como atributo do espírito.
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- Identificar a vivência do amor na Terra, como condição para a felicidade espiritual.
Propor que uma dupla represente esta situação. Levar o grupo à seguinte reflexão:
Narrar: histórias do velho “quim” Ouvir as opiniões do grupo. Considerar que são naturais as aparições, vulgarmente consideradas “assombrosas”, mas que são facilmente entendidas pelo conhecimento da realidade do Espírito. Não tenha medo de mim Pois não sou assombração. Só estou agora sem corpo Na trilha da evolução. Os grupos apresentam as músicas que criaram e escolhem a melhor. Todos ensaiam e cantam. Opção 2: Pesquisar fatos verídicos narrados por pessoas que já deixaram o corpo. Os grupos selecionam e apresentam em forma dramatizada. HARMONIZAÇÃO FINAL / PRECE |
HISTÓRIAS DO VELHO "QUIM"
Fig. 1- Numa noite de luar e céu estrelado, a meninada reuniu-se no terreiro do sítio em volta do velho “Quim”, caboclo valente que sabia tanto tocar viola, quanto contar as histórias do sertão. Naquela noite, “Quim” relembrava histórias de “sacis-pererês”, mulas-sem-cabeça” e outras assombrações, que apareciam aos homens que passavam em determinados locais. Filipe, o mais novo dos ouvintes, prestava toda atenção. Em certa hora teve sede. Levantou-se e caminhou em direção ao interior da casa. Ao vê-la sozinha, e às escuras, pois todos estavam no terreiro, Filipe, impressionado com as histórias que acabara de ouvir, sentiu muito medo e voltou correndo para junto dos irmãos. Eles, percebendo o que se passava, puseram-se a rir e caçoar do caçula, que se escondia, visivelmente encabulado. O velho “Quim”, sempre atento à educação dos meninos, mandou que parassem a brincadeira e começou a falar-lhes: – Quando eu era da idade de Filipe, também sentia muito medo. Claro, eu já sabia que não existia mula-sem-cabeça, nem vampiros que atacam seres humanos. Mas o que chamam “almas penadas” ou assombrações, disto eu tinha medo sim. Mas só até o dia em que meu avô contou-me uma história muito interessante. – Conte para nós, velho “Quim” - falou Filipe, muito seguro. E o caboclo prosseguiu: – Contam que, certa noite, um marinheiro estava no cais de um porto, olhando o mar, quando alguém se aproximou e começou a conversar. Falaram sobre a natureza e outras coisas, até o momento em que o desconhecido disse que vivia, há muitos anos, naquelas redondezas, desde o dia que deixou o corpo, afogado no mar.
Fig. 2- O marinheiro arrepiou-se!... Ele, então, estava falando com alguém que já tinha morrido? E expressando grande pavor na fisionomia, suplicou: – Pelo amor de Deus, vá embora!... Tenho pavor dos mortos!... Quase morro de susto!... O desconhecido olhou-o com tristeza e respondeu: – Sim, eu vou embora. Mas saiba que estou sempre aqui para proteger os que vêm a este lugar. Você diz ter medo dos mortos. Mas não são os que vivem na Terra que usam armas para assaltar e matar os seus irmãos de humanidade? Não são os que vivem no corpo que matam, de uma só vez, populações inteiras, com crianças indefesas e velhinhos, usando armas nucleares? Não são os que vivem no corpo que matam cruelmente animais de grande porte e depois comem com prazer a carne desses cadáveres? – É... é..., respondia indeciso o marinheiro. – Então, - concluiu o desconhecido - são os que vivem no corpo, que devem fazer medo aos outros mortais, e não nós, que somos almas sem corpo. E, falando isso, desapareceu para sempre. Depois de concluir a história, o velho “Quim” perguntou: – Quem está certo? Quem deve causar medo: os vivos ou os “mortos”? E todos os que estavam ali, inclusive Filipe, concordaram que, quem tem a consciência tranqüila, não deve temer os que já partiram da Terra e, portanto, por que ter medo de espíritos? E vocês, o que responderiam?
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